Será que o tratamento da dor deve ser sempre considerado eletivo?

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Considero que o tratamento de uma dor não pode ser protelado ou adiado.

O conceito parece óbvio principalmente quando nós somos a vítima, ou quando são próximos a nós por serem parentes, amigos, e sobretudo quando são nossos doentes.

Precisamos discutir se procedimentos para o tratamento da dor devem ser classificados como eletivos.

Acho que a classificação deve ouvir a pessoa mais importante, ou seja aquele que sofre da dor.

Todas as escalas que mensuram a dor são baseadas nas informações dos próprios doentes. Somente eles sabem o que de fato sentem.

O consenso geral aceita como divisor de águas o risco iminente de morte ou de perda de um membro para classificar o tratamento como sendo emergencial ou imediato. O tratamento adiável, mas, não por muito tempo seria o de urgência, cerca de 6 horas.

As regras vigentes no Brasil sugerem que o tratamento eletivo pode aguardar por mais de 21 dias.

Será que o tratamento da dor deve ser sempre considerado eletivo?

Deixar um ser vivo sofrendo por dor pode se aproximar da condição de tortura.

Um doente que refere dor intensa, insuportável, induzirá seu médico a considerá-lo eleito para tratamento de urgência.

José Oswaldo.

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